O período de quarentena pode desencadear um estado permanente de ansiedade e tende a intensificar as emoções. Uma vez que estamos todos juntos nisto, é bom relembrar as algumas boas práticas (e outras más) que podem influenciar a forma como encaramos estes dias.
Não:
Comprar 70 latas de atum, 50 frascos de grão, 25 quilos de arroz, 100 rolos de papel higiénico, a pensar numa quarentena de 3 meses.
Sim:
Planear, fazer contas e comprar apenas o necessário para cerca de 15 dias. Ser consciente e ter em conta as necessidades reais de cada indivíduo e da comunidade. Reduzir o desperdício alimentar ao aproveitar as sobras e cozinhando de forma eficiente.
Não:
Ter medo de outras nacionalidades/etnias, não olhar, sorrir ou comunicar com outras pessoas. Criticar grupos específico.
Sim:
O vírus não tem como alvos grupos raciais ou étnicos específicos e o distanciamento social não implica descriminação ou antipatia. O estigma contribui de forma negativa para a sociedade e agora, mais do que nunca, temos de nos sentir apoiados e não excluídos.
Não:
Partilhar conteúdo que contribui para o medo, pânico e raiva da comunidade.
Sim:
Partilhar informações de fontes fidedignas e conteúdos que promovam o bem-estar (lazer, saúde física e mental). Aceitar que o medo é natural, mas tentar manter a calma.
Não:
Ninguém atende no SNS24 e, apesar de estar bem ou ter apenas sintomas ligeiros, quero fazer o teste e vou ao médico.
Sim:
Preferir o contacto não presencial (email e telefone), recorrendo aos serviços de saúde apenas quando absolutamente necessário ou por indicação médica. Proteger-me a mim mesmo e aos outros.
Não:
Convidar só uns amigos para jantar lá em casa. “Somos um grupo pequeno e todos nos sentimos bem” não é desculpa.
Ler todas as notícias e publicações de redes sociais sobre COVID-19, atualizar a informação ao minuto e falar exclusivamente sobre o assunto.
Sim:
Respeitar o período de quarentena seguindo as recomendações e limitando os contactos apenas ao essencial. Usar aplicações como FaceTime, Skype, etc, para falar com amigos e familiares.
Se necessário, reduzir a exposição a noticias ao mínimo essencial para estar informado e atualizado com as últimas recomendações. Aproveitar para trabalhar e realizar atividades que promovam o bem-estar físico e mental.
Não:
Cumprimentar, abraçar, conversar em espaços fechados a menos de um metro.
Sim:
Perante necessidade absoluta de sair de casa: cumprir as regras de distanciamento social, evitar locais fechados ou com aglomerado de pessoas, evitar contacto com pessoas doente e/ou grupos de risco e realizar a higiene de mãos com frequência.