Com uma mudança abrupta para uma cultura remota como uma resposta internacional sem precedentes ao coronavírus (COVID-19), para muitas pessoas a vida profissional parece de repente drasticamente diferente.
Nesta situação nova e em constante mutação, o vídeo tem sido apresentado como a solução para todos os problemas.
As empresas estão a trabalhar para implementar ou reforçar o vídeo, não só para se manterem produtivas, mas também para manterem os seus esforços de marketing e vendas em movimento.
Como é evidente, há muitas incertezas e adaptações que as empresas necessitaram (e necessitam) fazer, principalmente em duas categorias:
1ª. A própria pandemia. É preciso manter os funcionários e os clientes em segurança.
2ª. Os resultados da pandemia: Incerteza nos mercados e na economia.
Muitas empresas, especialmente na indústria hoteleira, foram obrigadas a fechar – e não se pode fazer negócio se não tiveres a ‘porta aberta’.
No meio desta incerteza, todos tentam tomar boas decisões. Decisões que os vão servir bem agora e que os vão preparar para o sucesso no futuro, para que possam ultrapassar esta situação.
Podemos dizer que não há nenhum negócio que não seja afetado?
Sim, já estamos a ver isso acontecer. Esta pandemia é uma preocupação para toda a população e as empresas dependem de pessoas, quer como funcionários, quer como clientes.
Uma coisa que sabemos ao certo é que, como resultado, muitas empresas estão a ser obrigadas a dar este salto para o digital – um verdadeiro ‘acontecimento’ para áreas que não são necessariamente muito digitais.
Que tipo de mudanças para o digital estão a ser forçadas por esta situação?
As pessoas estão a trabalhar remotamente e, para muitas empresas, isto não é normal.
Por isso, as empresas estão a tentar perceber – “ok, ainda podemos ter reuniões de vendas? Ainda podemos ter reuniões internas? Se estou a trabalhar a partir de casa, será que ainda tenho acesso a tudo o que preciso?”.
Ou seja, em muitas empresas, não se pode ter acesso ao trabalho fora da empresa.
Resumindo: Como é que as empresas continuam a comunicar bem, tanto interna como externamente, quando estão habituadas a fazê-lo de forma não digital?
Então qual é o papel do vídeo no clima atual?
O vídeo é o único tipo de conteúdo que permite que as pessoas nos vejam, nos ouçam e nos conheçam. É por isso que faz toda a diferença.
Pensa nisto: Em tempos de incerteza na sociedade, observamos os discursos públicos dos líderes mundiais. Eles significam muito para nós porque há bastante que podemos obter ao vê-los, como coisas não verbais que nos podem fazer sentir mais seguros ou melhores. Há muito mais para ver, simplesmente, do que apenas a palavra escrita.
Neste momento tens bastantes e-mails na tua caixa de correio eletrónico de diferentes empresas. Cada um deles é apenas uma declaração sobre como a COVID-19 está a afetar os seus negócios ou como pode afetar-te como um dos seus clientes. Mas é tudo texto e é em grande parte estéril na sua entrega. Não cria um momento fantástico entre quem lê esse email e aquela empresa.
O vídeo, por outro lado, oferece uma oportunidade de ligação real e humana quando as pessoas nos podem ver, ouvir e conhecer quem somos – especialmente os líderes de organizações que reconhecem o problema.
Este é um dos maiores impactos que o vídeo pode ter neste momento.
E em outros aspetos do negócio?
Aquilo a que chamamos “a venda visual” é agora, subitamente, muito mais importante para uma equipa de vendas. As equipas perguntam a si próprias: “Se temos de vender virtualmente, como é que o fazemos realmente bem?” E a resposta é esta: dominar a venda digital e visual.
É por isso que o vídeo é uma coisa tão importante neste momento. As empresas precisam adaptar o processo de venda a uma experiência virtual. Uma experiência de compra virtual de excelência, na verdade.
Faria todo o sentido que as empresas estivessem a aproveitar os vídeos que já produziram. E a criação de novos vídeos?
Isto tem dois lados. Primeiro, talvez não possamos ter acesso a boas câmaras para filmar vídeos. Mas será isso verdadeiramente um problema? Será que, neste momento, a tolerância para o valor da produção não vai ser muito mais baixa? Talvez o facto de não podermos gravar com câmaras não seja um problema de todo. As pessoas só querem ter notícias nossas enquanto organizações e a sua tolerância em relação ao valor de produção será muito mais baixa.
Segundo, as empresas de produção estão preocupadas com o efeito que tudo isto vai ter sobre elas. Mas o que poderá ser confirmado é uma empresa de produção é, na verdade, muito mais flexível na forma como é capaz de trabalhar connosco. Podem estar dispostos a dizer: “Bem, já que a nossa procura é um pouco menor, mas sabemos que queremos ajudar as pessoas, enviem-nos algumas filmagens que criaram em casa e nós editamos em conjunto”.
Desta forma, a crise está a causar um pouco de inovação na forma como as produtoras de vídeo fazem as coisas.
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“Esta crise vai ser excecionalmente interessante no que diz respeito à publicidade. Os grandes anúncios estão a ser cancelados. Como é que as marcas vão divulgar as suas mensagens através de uma equipa criativa que se mantém em casa? Não basta usar a tecnologia para fazer a mesma coisa de uma forma diferente. Use as tecnologias de novas formas criativas para oferecer um valor único.” – Mark Schaefer
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Então e em relação aos anúncios?
Como tem havido um declínio nas pessoas que fazem anúncios em geral, na verdade é muito mais rentável fazer anúncios agora se tiveres a capacidade para os fazer.
E o que também sabemos sobre anúncios é que, de um modo geral, o conteúdo gerado pelo utilizador tem um desempenho muito melhor do que coisas com elevado valor de produção. Funde-se com as plataformas.
Assim sendo, talvez seja a altura perfeita para utilizar a tecnologia de uma forma diferente: Vamos experimentar este material gerado pelo utilizador e vamos fazê-lo agora enquanto os anúncios são baratos e podemos descobrir o que funciona.
Há uma tendência, em alturas como esta, para nos deixarmos encostar e jogar pelo seguro. E há obviamente uma razão para isso.
Mas não deveria haver um empurrão para a inovação e para a criatividade?
Sim. Enquanto organização deves perguntar-te: “como é que os meus concorrentes estão a reagir a isto? Como é que isto está a mudar o que estão a fazer com o marketing e as vendas neste momento? Estarão a fazer cortes?”
Se te fizeres estas perguntas e depois disseres a ti próprio “e se aproveitássemos esta oportunidade para fazer o dobro? E se aproveitássemos esta oportunidade para manter o rumo? O que aconteceria quando os mercados regressassem? O que aconteceria quando este evento terminasse?”
E isto é algo muito relativo, algo a avaliar caso a caso. Mas esta é uma boa altura para refletir sobre o que a concorrência está a fazer, como poderão reagir e como poderás reagir de forma diferente.
Qual é o melhor conselho para as empresas que estão a viver este momento?
O melhor conselho é fazeres algumas perguntas a ti próprio.
1º. Neste momento, o que é que vai melhorar a confiança dos teus clientes em ti? O que é que precisam ouvir, o que é que precisam ver?
2º. Partindo do princípio que os mercados vão voltar, que esta pandemia vai acabar e que as coisas vão voltar ao mais perto possível do normal, para que precisamos estar preparados nessa altura?
Se fizeres estas perguntas a ti próprio, isso irá ajudar-te a tomar as melhores decisões neste momento, quer isso esteja ou não relacionado com o vídeo.